Textos


A Manipulação da Bíblia Sagrada

Algumas pessoas, cristãos mais comumente, escandalizam-se quando falo de que a Bíblia é manipulada. Se apegam à escrita. Não me refiro à escrita, mas aos que a usam. Sobretudo, os que a tem como meio de mercantilizá-la, usando-a por conveniência. Neste ponto, sou arduamente criticado porque em minha doutrina, utilizamos apenas os quatro evangelistas mais próximos à Jesus, pelo que diz respeito à enunciação de seus atos. Mateus, Marcos, Lucas e João.
A conveniência alegada por quem desconhece o propósito da codificação kardequiana, é compreensiva. Afirmam que
é conveniente se fixar apenas em alguns versículos,
ignorando o contexto de todo o capítulo. Minha resposta é
sempre à luz do esclarecimento e lógica.
Já na primeira página de O Evangelho Segundo O
Espiritismo,
 encontramos a seguinte frase: Fé inabalável,
é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas
as épocas da humanidade!

Senão vejamos, qual era a razão na idade média, nas cruzadas? Era razoável o empalamento, a decapitação, a imolação imposta, ou coercitiva, para usar uma palavra em moda, entre outras barbáries? Naquele tempo se fazia desses atos, uma atração pública, pessoas iam à praça ver os guilhotinados, enforcados, empalados como forma de distração oferecida pelos mandatários e donos das leis. Poucos eram os que se erigiam em contrário, sendo logo açoitados igualmente. Encarar, portanto, a razão em todas as épocas, é isso, ser correto ainda que se pague o preço capital pela escolha. Desta maneira, quero esclarecer que o importante é o ensino do Espírito de Verdade, Jesus, quando do Sermão da Montanha. Neste momento, Jesus deixa claro o que é a sua Moral e Ética diante de todos e em todos os tempos. Não muda nunca, não tem como ser manipulada, o que é certo aqui é certo em qualquer parte do planeta, o errado é igualmente errado em qualquer outro lugar, ainda que que leis locais digam o contrário. É a lei do amor. Do oferecer a outra face. Às injurias, a compreensão. Aos vilipêndios, o entendimento. À maldade gratuita, o perdão. Se Jesus não fundou ou organizou, sequer traçou linhas escritas, relativo a uma religião, porque tantas variações? Conveniências. Não concordo com a direção tomada pela minha igreja, me desligo e fundo a minha. Crio ao meu gosto e entendimento. Para tanto, necessário é, adequar o evangelho ao meu púlpito. Quando deveria ser o contrário. Quanto à manipulação da escrita da bíblia, posso dizer apenas de um caso, e que caso! Concílio de Constantinopla II, 553 dC. O Imperador Justiniano se casa com Teodora, cortesã, ambiciosa e fogosa. Suas parceiras, um total de aproximadamente 500 prostitutas, se gloriavam em dizer nas tabernas que uma delas se tornara imperatriz e tinham-na como exemplo de vitoriosa. Fama esta não compartilhada e rechaçada por Teodora. Querendo se livrar da pecha de prostituta, mandou matar todas as colegas. Àquele tempo, e naquele vilarejo de sua origem, acreditavam em reencarnação e cultivavam o hábito das adivinhações e contatos com os parentes mortos. Chegou ao conhecimento de Teodora uma sentença deixada por uma das suas ex-colegas, de que ela teria que reencarnar por 500 vezes e sofrer por cada uma das que mandou matar. Como Teodora acreditava e temia a maldição, chamou Justiniano para uma D.R. Disse a ele, está vendo isto aqui, mostranto um Cinto de Castidade. De agora em diante, o senhor, Imperador, só terá acesso à chave se retirar a palavra reencarnação e colocar a palavra ressurreição na bíblia. Mais que depressa Justiniano convocou o Concílio e atendeu ao pedido da esposa. Deixando de lado a narrativa humorada, o que de fato aconteceu foi isso.
Trocaram a palavra. 
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 09/07/2017
Alterado em 10/07/2017


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