2012. O fim já chegou para muitos como ele
Várias teorias sobre o tão esperado ano em
que o mundo tem hora e data para acabar.
Será? Pois a verdade é que já começou.
Para todos esses irmãozinhos que
em várias regiões do país e sobretudo
na região serrana do Rio de Janeiro sofrem
suas maiores perdas, já é 2012.
Seremos simplistas nesta crônica e veremos
da perspectiva desse desolado cão. Que se
pudesse falar, indagaria mais ou menos assim:
'- Onde estão aqueles que me cuidam?
Quem colocará a ração nos horários
em que a fome apertar? Cadê aquela
água limpinha recém tirada das torneiras?
As crianças que corriam comigo logo após
as aulas? Os carros dos vizinhos aos quais
eu latia em sua chegada após o dia de trabalho?
Não tem mais portão para que alguém bata
palmas e eu possa, latindo, avisar que chegou
visitas! Cadê os carteiros, aqueles de roupas
amarelas que me irritam tanto com o modo
abusado de enfiar as mãos dentro da caixa
que o meu dono instalou? Sumiram todos!
Quem vai poder me ajudar a atravessar esse
imenso rio de correnteza violenta
e instransponível, que insanamente separou-me
dos meus amigos, parentes e da vida boa e
tranquila que eu tinha?
Até parece o fim do mundo. Será que estamos
em 2012? Se não estamos, só sei de uma
certeza... O meu mundo já acabou!'
Várias teorias sobre o tão esperado ano em
que o mundo tem hora e data para acabar.
Será? Pois a verdade é que já começou.
Para todos esses irmãozinhos que
em várias regiões do país e sobretudo
na região serrana do Rio de Janeiro sofrem
suas maiores perdas, já é 2012.
Seremos simplistas nesta crônica e veremos
da perspectiva desse desolado cão. Que se
pudesse falar, indagaria mais ou menos assim:
'- Onde estão aqueles que me cuidam?
Quem colocará a ração nos horários
em que a fome apertar? Cadê aquela
água limpinha recém tirada das torneiras?
As crianças que corriam comigo logo após
as aulas? Os carros dos vizinhos aos quais
eu latia em sua chegada após o dia de trabalho?
Não tem mais portão para que alguém bata
palmas e eu possa, latindo, avisar que chegou
visitas! Cadê os carteiros, aqueles de roupas
amarelas que me irritam tanto com o modo
abusado de enfiar as mãos dentro da caixa
que o meu dono instalou? Sumiram todos!
Quem vai poder me ajudar a atravessar esse
imenso rio de correnteza violenta
e instransponível, que insanamente separou-me
dos meus amigos, parentes e da vida boa e
tranquila que eu tinha?
Até parece o fim do mundo. Será que estamos
em 2012? Se não estamos, só sei de uma
certeza... O meu mundo já acabou!'
LuizcomZ
Enviado por LuizcomZ em 16/01/2011
Alterado em 03/08/2016
Alterado em 03/08/2016
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