Feliz Natal!
Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, vivi alguns destes 66 anos e que não são mais meus. Lá, conheci e aprendi a admirar uma pessoa que nos últimos anos tem tido a incumbência de promover o bem-estar e distribuir a verdade do espírito através do conhecimento kardequiano. Sempre que o encontrava, seja qual fosse a época ou o momento, o cumprimento sempre é: Feliz Natal!, estávamos em junho, agosto ou fevereiro, não importava. Certa vez resolvi entender o motivo. A resposta veio em forma de ensinamento, como sempre: Acontece que as pessoas deveriam agir como se estivessem sempre no natal... dizia ele com voz calma, porém insistente. Tem razão, afinal, no natal todos estão com o coração amolecido, são mais pacientes, gentis, esquecem até mesmo o mau entendido com a sogra, cunhado, o vizinho intransigente, o patrão arrogante e mau humorado. Repare nos seus natais passados! Eu mesmo, quantas vezes deixei de lado o rancor, a raiva, o mau humor e dei um abraço, um aperto de mão, distribui sorrisos a tantos quantos apareceram em minha casa, ou nas convenções de natal em meu trabalho. Pois é, lembro-me do amigo Carlos Prestes Sanches.
Quero aproveitar para lembrar que o natal está chegando.
E tem uma coisa importante que não posso deixar passar
neste natal. O pedido de desculpas que eu tenho adiado
há tantos anos, a visita que nunca aconteceu porque eu não
acredito que a pessoa mudou a maneira de pensar e agir, e que talvez eu é quem devesse mudar minha maneira de
entendê-lo; o amigo que se afastou porque eu não soube
compreender suas razões e impus o meu modo de ser.
Penso que talvez eu não tenha um novo natal para fazer o que
venho ensaiando há tanto tempo. Que talvez eu mesmo não consiga chegar ao teu natal. O amanhã não existe, é fato.
Sempre foi construído no hoje. Portanto, faço como o Carlos,
manifesto meu natal hoje, sempre no presente, no agora.
25 de dezembro para muitos, e para mim, é o nascimento do
menino Jesus, mas, foi exatamente no momento em que
Roberto Carlos se preparava para apresentar o seu
especial de final de ano na tv, 25 de Dezembro de 1991,
por volta das vinte horas, minha mãe ouviu um grito
vindo do quarto. Era meu pai dando o último gemido pela dor do rompimento de uma artéria renal, para em seguida desfalecer sobre a cama que durante anos o embalou em seus sonhos e prazeres. Fico feliz de saber que no dia do aniversário do menino Jesus, Ele esteve em casa para acompanhar nosso pai em viagem ao plano do trabalho redentor em preparo para um reencarne certamente mais evoluído. É isso, não espere o natal para abraçar quem você tanto ama ou espera por reconciliação.
Esse momento pode ser negado e a vela apagar-se antes mesmo de assoprá-la.
As vezes, a gente pensa, e até quer voltar no próximo natal,
mas... mesmo voltando, podemos não encontrar mais a quem
procuramos!
Fique Bem, fique com Deus!
Feliz Natal, hoje e sempre!